Momento Inspirativo #9


Foi naquela noite que ele descobriu que não era super-herói. E que, sequer cumprira aquilo que achava ser o mínimo dever de pai: proteger seu filho. Deixa o filho curtir. Tão jovem, tão feliz, tão vivo. Juventude festeja, troca de área, vai para festas em cidades diferentes. Mas aí, os caras do lugar não gostaram. E umas garrafas quebradas e alguns chutes, nada demais. Demais para quem? Para eles, é claro. Doeu ver o noticiário. O herói foi desbancado e o superpai, agora, nem pai era mais. Chorei quando ele disse “meu filho sangrou até a morte”. E ele disse que não cumprira seu papel de pai. Mas ele tentou. Socorreu o filho, tentou ao máximo lidar com a situação. Mas aquele mínimo tempo de bagunça e confusão foram suficientes para um corte da testa. Fatal. Morreu um menino, um pai, o herói. Quem há de conseguir recolocar a capa? O filho, que antes o fazia, hoje não pode mais. 

Vanessa Ribeiro

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