Título: A Fila
Autoria: Ana Esterque
Apresentação: Marcel J. Portoluna
Coleção: Palavras soltas
Editora: Chiado
Idioma: Português
Ano: 2016
Páginas: 88
ISBN: 978.989.51.8374-6
Livro recebido em parceria com a Lilian Comunica
Autoria: Ana Esterque
Apresentação: Marcel J. Portoluna
Coleção: Palavras soltas
Editora: Chiado
Idioma: Português
Ano: 2016
Páginas: 88
ISBN: 978.989.51.8374-6
Livro recebido em parceria com a Lilian Comunica
Sinopse: A alma guarda segredos, anseios, dores, expectativas. Em A Fila (contos), Ana Esterque presenteia-nos com uma sucessão de dez narrativas que demonstram a sua isão sobre as condições mais diversas do humano. Escrito em três cidades - Santiago de Compostela, Zurique e São Paulo - este livro, de estilo aberto e permeado de sutilezas linguísticas, convida-nos a sentir e refletir sobre o vazio, a aspereza e a delicadeza da vida e da alma.
“Olhava o minúsculo corte e a delgada linha de sangue que vagarosamente se expunha sobre o dedo, logo abaixo de sua unha colorida em vermelho. ´Vermelho rústico´, conforme havia dito a manicure no início da semana. As frutas vermelhas, as unhas em vermelho rústico, o dedo levemente ferido.
O corpo rústico como a cor do esmalte? A condição humana era exposta e escancarada em um simples corte de um milímetro no dedo! Lembrou-se, inexplicavelmente, da existência da alma. E a alma, que de rústico nada tem, e mais parece vapor, éter, e voa, voa.” (p.32)
Inicio meu parecer com um trecho, para que você, leitor, esteja ciente, da preciosidade além que certamente está imersa por detrás das 88 páginas que compõe esse livro.
Contos é algo o qual aprecio, pelo prazer que tenho em, longe do talento da autora Ana Esterque, lançar-me nesse meio de produzi-los. Mas, comicamente, salvo engano, este é o primeiro livro de contos o qual me coloco a ler. E sabe o melhor? Saí ainda mais apaixonada.
No livro de contos A Fila, da autora Ana Esterque, somos inseridos a dez contos narrados de forma a representar o dia a dia, situações humanas com uma sutileza de visionar que transforma a realidade. É tipicamente aquele domínio que alguns autores têm de fazer o pior dos acontecimentos transformar-se em belas palavras. Vai de ideias de amor a violência. Ela transcorre em fatos do dia a dia de uma maneira a colocar "flor no deserto". Seria belo, se não tão trágico algumas situações.
"Pronto, ele está com vontade de chorar. É uma angústia que eu sinto aqui dento e sei de sua gana pelo choro. E aí está um grande perigo de ser um pouco deus: eu sinto o que ele sente" (p.52)
Inicialmente, tem-se uma apresentação da obra, seguido, como já expresso dos dez contos da autora. Há um misto de acontecimentos desenroladas pela narração da autora, expressando uma variedade de fatos humanos. O que dizer de uma autora que explica o amor em uma inusitada narração de um coelhinho? Ou de uma senhora da "melhor idade" e seu amor proibido? Além, a tristeza na vida também é expressa com contos como exposto a violência em suas variadas facetas, em eufemização com o uso do seu modo de ver e narrar diferenciando o trágico, apesar de ainda o toque realista e dramático.
E acho que uma das coisas que mais me fizeram amar essa primeira experiência com livro de contos foi poder ter aquele sentimento de beleza na realidade, que o visionar dessa autora nos traz. O quanto o corriqueiro é poético, e dramaticamente bonito.
"- 'Eu ainda amo você', eu disse pra ele ao telefone. Depois desliguei na cara, sabe? Como quem comete um engano." (p.23)
E eu já esperava muito quando, ao folhear as páginas iniciais, depara-se com uma apresentação da obra, por autoria de Marcel J. Portoluna, apresentando uma visão imparcial sobre o livro, sem bajulações ou similares, que expressa exatamente o que vemos no decorrer da obra, mas que sinceramente, por mais que seja o real, dá aquele ânimo em ler ainda mais.
Ana Esterque nasceu em São Paulo, em 1977. É formada em Jornalismo, mas a escrita literária sempre fez parte de sua vida – questão de vocação. Em sua escritura, utiliza-se de lápis, computador, livros e música. Equilibra a criação literária com uma rotina doméstica comum. Além de A Fila (contos), é autora do livro O amor não serve para nada.
8 Comentários
Que livro bacana, adorei. Amo contos também, várias histórias num livrinho! Amei a resenha <3
ResponderExcluirwww.memoriasdeumaleitora.com.br
Ai gostoso, não sou fã de contos mais pela resenha este livro é lindo.
ResponderExcluirbeijos
O livro é muito encantador gosto de livros de contos, pela sua resenha percebi que a leitura é bastante tocante, adorei a capa do livro parece ter uma leitura bem interessante, pra quem é fã de contos o livro é uma ótima dica, Vanessa bjs.
ResponderExcluirJá li alguns livros de contos, e sinceramente gosto muito.
ResponderExcluirGostei da sua indicação, fiquei com muita vontade de ler esse livro ...
Minda
Bjs ❤
Gostei desse livro, bjs!
ResponderExcluirOlá lindona,
ResponderExcluirmuito boa sua resenha, deu aquela curiosidade em saber mais da história e anotei esse livro na minha lista de desejos.
Beijocas.
meumundosecreto
Eu gosto d contos!!! Vou colocar na lista!!!
ResponderExcluirJá está memorizado para depois ler! Parece enquadrar-se no meu estilo de leitura ☺
ResponderExcluirOlá querido leitor! Seja bem-vindo ao Pensamentos Valem Ouro, temos aqui um espaço aproximar nossas redes e trocar ideias. Ficarei feliz em ler tua ideia. E sempre farei questão de respondê-la! Fique a vontade!
Desde já, obrigada pela visita!
Vanessa Vieira <3