Calmantes, calamidade - Ruan Verissimo

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E a loucura chegou mais uma vez para me atormentar. A garota do meu lado é a melhor coisa que vi hoje, mas não é o suficiente pra me livrar de mim mesmo por tempo suficiente para que eu volte para casa consciente que só estou em uma época ruim.

Eu queria criticar as futilidades do tempo contemporâneo e a postura humana dentro disso, a bestialidade das nossas crianças e a desatenção dos nossos pais, mas o que eu posso fazer? 

Pensei mil vezes em desaparecer, fui covarde o suficiente para te surpreender num dia cotidiano, coisas importantes à parte, ainda te amo.

Às vezes eu acho que não tenho nada a oferecer, ás vezes me convenço que tudo que tenho dou para os outros e nunca ganho nada em troca.

Minha mãe diz "não se preocupe" eu vejo Deus nela, mas também sei que o diabo mora perto daqui. E vocês me cobram o "antigo eu" e sempre respondo com algo como "não sei, só deixaram o corpo aqui" vocês querem me ver apodrecer e de fato, isso um dia irá acontecer, mas não vai ser por vocês, será por algo muito maior.

Me envolvo novamente no meu castelo de areia, rezo para que o dia ruim acabe antes de fevereiro e daqui eu não saio inteiro, mas levo a maior parte de mim.

Nunca pedi para me mataram e não vai ser hoje que pedirei, peço para que me deixem, pois só assim terei salvação e meus calmantes farão efeito. 




Quem escreveu?






Ruan Veríssimo, 15 anos, cursando o 1 ° do ensino médio.  Apaixonado pela realidade que existe entre o papel e a caneta, escreve frases sobre amor e suas decepções desde os 12 anos, além de ser amante da literatura brasileira e suas poesias.


Ps.: Oi gente! Vocês lembram do Ruan!? Ele participou com a gente há algum tempo do Café Poético. Nos trouxe um poema lindo. Pois então, a partir de hoje o Ruan estará sempre com a gente nos presenteando com textos lindos como este que acabamos de ler e também com as duas poesias. Tenho certeza que ficaremos todos felizes com os posts feitos por ele!
Seja Bem Vindo Ruan!!! 

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